segunda-feira, 16 de março de 2015

Balé Teatro Guaíra abre pela primeira vez o Festival de Teatro de Curitiba

















Com coreografia do espanhol Gustavo Sansano, espetáculo de dança contemporânea “Cinderela” substitui “Forces” na programação da Mostra 2015


O Balé Teatro Guaíra abrirá pela primeira vez o Festival de Teatro de Curitiba. O espetáculo de dança contemporânea “Cinderela”, coreografado pelo espanhol Gustavo Ramirez Sansano (ex-diretor artístico do Luna Negra Dance Theater, de Chicago), foi escolhido para abrir a 24ª. edição do Festival, com uma apresentação fechada para convidados no dia 24 de março e outra, aberta ao público, na noite do dia 25. Produzido em comemoração aos 45 anos do Balé Teatro Guaíra, “Cinderela” teve somente quatro apresentações no ano passado e substitui o espetáculo internacional “Forces” na programação da Mostra 2015.

“Escolhemos o Cinderela por vários motivos. Primeiro, porque queríamos um bom espetáculo para marcar a abertura de mais uma edição do Festival, em substituição ao Forces. Segundo, porque era uma boa oportunidade de se valorizar a produção local, ocupando um espaço de destaque dentro da programação. Terceiro, porque Cinderela é uma excelente produção que teve apenas quatro apresentações no ano passado. O público merece mais duas oportunidades para assistir essa grande produção do Balé Teatro Guaíra”, afirma o diretor geral do Festival, Leandro Knopfholz.

O espetáculo Forces cancelou a vinda ao Festival em meados de fevereiro. A produção da coreógrafa Elizabeth Streb não conseguiu despachar a tempo todos os equipamentos necessários para a montagem do espetáculo, em razão da neve em Nova Iorque. “Desde que fomos informados de que os equipamentos não chegariam em Curitiba a tempo para a abertura do Festival, iniciamos a pesquisa e contatos para conseguir um espetáculo que abrisse com chave de ouro a nossa vigésima quarta edição. Acho que conseguimos e esperamos que o público goste”, destaca Knopfholz.

“Cinderela” terá duas apresentações na programação do Festival de Teatro de Curitiba. A primeira, no dia 24 de março, somente para convidados, marcando a abertura do Festival. A segunda, no dia 25, será aberta ao público e os ingressos já estão à venda nas bilheterias oficiais do ParkShoppingBarigüi, Shopping Mueller e Palladium Shopping Center ou pelo sitewww.festivaldecuritiba.com.br.

O espetáculo
Baseada no clássico conto dos Irmãos Grimm, nesta montagem do Balé Teatro Guaíra, Cinderela foi transportada para o final da década de 1950 e início da década de 1960, quando imperavam as saias rodadas e as mocinhas sonhavam com um milionário como seu príncipe encantado. As músicas do espetáculo são de Rossini, Strauss e Prokofiev, além de canções típicas do período.

“É um espetáculo que valoriza a criatividade e une diversas linguagens. Uma montagem que agrada adultos e crianças. Um presente para o público!”, afirma o coreógrafo Gustavo Sansano.

Conhecido pela transposição que faz de peças clássicas para a dança contemporânea, como Dom Quixote (Quixoteland), em 2011, Sansano é formado em balé clássico na Espanha. Especializado em coreografia, desenvolveu elogiada trajetória por Nova York e Chicago, nos Estados Unidos, além de Canadá, Alemanha, Hungria, Holanda, Espanha e outros países europeus.

Os cenários de “Cinderela” são de Luis Crespo e os figurinos de Gelson Amaral, que é também cenógrafo reconhecido pelo Prêmio Shell 2002 e Prêmio Cultura Inglesa 2000. Nesta produção com o Balé Guaíra, Amaral criou todos os modelos usados pelos bailarinos. São dele os figurinos da Cinderela, da madrasta, das irmãs, das cinco amigas e sete amigos que aparecem no baile, além das roupas usadas pelos personagens camareiras, cabeleireira, mecânicos e, é claro, pelo moderno e rico príncipe encantado. 


FICHA TÉCNICA
Coordenação: Cintia Napoli
Coreografia: Gustavo Ramirez Sansano
Figurinos: Gerson Amaral
Cenografia: Luis Crespo
Elenco: Balé Teatro Guaíra

SERVIÇO
Cinderela.
Dia 25 de março
Teatro Guaíra


SOBRE O FESTIVAL DE TEATRO
Criado em 1992, o Festival de Teatro é o maior evento teatral do Brasil. Idealizado pelos jovens Leandro Knopfholz, seu atual Diretor Geral, e Carlos Eduardo Bittencourt, o Festival sempre atraiu a atenção dos principais nomes da dramaturgia nacional.
Sua primeira edição, organizada com a ajuda de Cássio Chamecki e Victor Aronis, reuniu 14 espetáculos e contou com as participações de José Celso Martinez Corrêa, Antunes Filho, Gerald Thomas, Cacá Rosset e Gabriel Vilela.
Para marcar a criação do Festival, a Prefeitura Municipal de Curitiba construiu no tempo recorde de 30 dias o Teatro Ópera de Arame, projetado pelo arquiteto Domingos Bongestabs, que se transformou num dos principais cartões postais da capital paranaense. A Ópera de Arame foi inaugurada com o espetáculo “Sonhos de uma Noite de Verão”, de Shakespeare, numa montagem inédita do Grupo Ornitorrinco.
Desde a sua criação, o Festival já reuniu mais de sete mil espetáculos, sendo 600 na Mostra Oficial, 6.200 no Fringe e 350 nos Eventos Paralelos (Guritiba, Mish Mash e Risorama). Isso já garantiu ao Festival uma plateia geral de mais de 4,8 milhões de pessoas de todo o Brasil. Todos os anos, o Festival é realizado graças à participação de 1.500 profissionais entre diretores, atores, iluminadores, figurinistas, maquiadores, técnicos, montadores, bilheteiros, divulgadores, administradores e organizadores.
A Mostra possui curadoria especial e sempre reúne estreias nacionais, grandes espetáculos internacionais e as principais produções do teatro brasileiro. O Fringe reúne várias Mostras Especiais, sem curadoria, e abre espaço para centenas de produções de todo o Brasil. Por isso, o Fringe tornou-se na vitrine mais democrática do teatro brasileiro, fora da agenda comercial do eixo Rio-São Paulo.
O Fringe faz parte do Festival de Teatro desde a sua sétima edição, em 1998. Ele se inspira na experiência que surgiu espontaneamente, em 1947, no Festival Internacional de Edimburgo, mais importante evento de artes cênicas do mundo. Sua denominação significa, em inglês, “franja” ou “margem” e traduz sua essência aberta e democrática. As companhias teatrais que formam a programação do Fringe participam do evento por iniciativa própria. Por isso, sua programação sempre reserva grandes surpresas e muitas produções originais.

NQM Comunicação

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