terça-feira, 10 de junho de 2014

Fórum promovido pela BPW reuniu políticos de várias gerações

Maria Inês Borges da Silveira, conceição Barindelli, Eunice Cruz, Luiz Carlos Borges da Silveira, Valéria Borges da Silveira e Rossana Lazzarotto de Oliveira
 Maria Inês Borges da Silveira, Valéria Borges da Silveira, Edson Ramon (pres. ACP) e Rossana Lazzarotto de Oliveira
 Carlos Amastha e Rosane Ferreira




A Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais de Curitiba – BPW, presidida por Conceição Barindelli, promoveu na última sexta-feira, na Associação Comercial do Paraná, em Curitiba, o fórum A Mulher e o Jovem na Política.
O encontro reuniu políticos experientes como o ex-ministro da Saúde Luiz Carlos Borges da Silveira que abriu o evento e falou sobre a cartilha criada por ele ‘Despertar Cidadão’. Também participaram o prefeito de Palmas (TO), Carlos Amastha; o deputado estadual Stephanes Junior; as vereadoras Julieta Reis e Roseli Izidoro, ao lado de jovens políticos como Maria Vitória Barros, Rafaela Lupion, o vereador Felipe Braga Cortes, o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior, e a deputada federal Rosane Ferreira.
O Fórum teve também a presença da presidente da BPW Nacional, Eunice Cruz.
A proposta foi aproximar o cidadão da estrutura política do país – em níveis federal, estadual e municipal – para que haja maior participação, acompanhamento dos atos políticos dos representantes e saber escolher o candidato correto para a execução de políticas públicas que beneficiem a todos.
O Fórum teve o apoio do Conselho da Mulher Executiva da ACP e da Mulher Empreendedora da Fecomércio. 
O evento foi coordenado por Rossana Lazzarotto de Oliveira e Valeria Borges da Silveira, vice-presidentes da BPW Curitiba.
Ao final do encontro foi redigida a Carta de Curitiba (que segue abaixo), encaminhada para a Presidência da República, Congresso Nacional, Governo do Paraná e Prefeitura de Curitiba.

Curitiba, 06 de junho de 2014.

REFORMA POLÍTICA
O Brasil está em um período bastante significativo em distintos setores da vida nacional, sinalizando a retomada de processos e políticas de modernização, notadamente social, visando colocar a sociedade brasileira em alinhamento com as sociedades mais desenvolvidas.
Entretanto, as transformações são lentas e pontuais. Em setores importantes para a efetiva modernização, as mudanças continuam aguardando.
Para o país se inserir na atualidade global é indispensável que promova mudanças, em seu processo político de forma ampla. Neste contexto está uma reforma política que estabeleça efetivamente um novo enfoque, moderno e renovador.
A reforma política vem sendo protelada e apenas nos momentos circunstanciais, ocorre alguma pequena alteração, apenas panacéia. Remendos que não resultam em soluções adequadas e duradouras.
Essa reforma, tecnicamente, refere-se a um conjunto de propostas, para aprimorar o sistema político e eleitoral. Terá de interferir sobre assuntos específicos, tais como: a forma de escolha de governantes e parlamentares, incluindo a indicação de suplentes para o cargos; financiamento público e privado das campanhas; regras de coligações; tempo de propagandas e  método de voto.
O próximo ano começará com os novos mandatos no plano federal e estadual, no executivo e legislativo. É oportuno o momento para se propugnar pela reforma. Por isso, este é o momento da reflexão sobre o tema, do debate e, principalmente,  da contribuição de toda sociedade brasileira na busca de um país melhor, baseado nos princípios do Estado Democrático de Direito.

PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES
Segundo a Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE de 2013, a composição da população brasileira de acordo com o gênero é de um percentual de 51,3% de Mulheres.
Os dados dos institutos também ratificam a maioria de Mulheres, que chefiam os lares, egressas das universidades e que, principalmente, compõem 52% do número de empresários em empresas de micro, pequeno e médio porte.
Nos países desenvolvidos, as Mulheres compõem de 30% a 50% as listas de integrantes de partidos políticos. Há de se criar mecanismos para uma maior participação das Mulheres, na vida política do Brasil, em nível municipal, estadual e federal. O país precisa assumir sua liderança de desenvolvimento social e econômico, respeitando este percentual participativo de Mulheres, sob pena de retrocesso na própria história.

PARTICIPAÇÃO JOVEM
Na análise das transformações citadas, é significativamente sintomática a disposição da sociedade em substantivar seu direito de expressão, de reclamar, protestar e reivindicar, respeitando assim o amplo princípio da liberdade de expressão consagrado na Constituição Federal brasileira. Democracia é debate e transformação. O silêncio nos remeterá sempre a triste vida das ditaduras. E nisso há de se reconhecer a participação da juventude.
É imperioso que se busque o resgate juvenil para a política, ensejando a esse extrato da sociedade, a inserção no legítimo caminho da participação na vida nacional.
Os jovens em geral são arredios à política e isso reflete o pouco interesse de participação. Tal comportamento decorre, basicamente, da deturpada visão da política, como ciência social, sendo infelizmente relacionada às notícias diárias de desvio de conduta na administração pública, corrupção, interesses pessoais colocados acima do interesse geral de uma nação e a impunidade.
Carecem os jovens de informação adequada, correta e sistemática sobre o tema. A sociedade precisa deles conscientes de sua missão cidadã, sob pena de perdermos a oportunidade de construir um futuro melhor.

FORMAÇÃO CIDADÃ NO ENSINO OBRIGATÓRIO
Defendemos a tese de se adotar na grade curricular do ensino obrigatório, a disciplina de Formação Cidadã, levando o jovem a pensar, conhecer e debater política, como ciência da democracia, através de informações básicas sobre ética, cidadania e participação. Esse é o momento de transmitir fundamentos e valores inerentes ao convívio cidadão, base necessária para se manter uma sociedade organizada.
De forma gradual o voto facultativo contempla a possibilidade desse jovem praticar o exercício da democracia, desde que receba a formação necessária para discernir a importância do sufrágio universal para um Estado Democrático de Direito. Precisamos garantir que ele receba a informação e a orientação necessária para efetiva compreensão e participação no processo político, como agente transformador que se espera.
É necessário que o jovem compreenda que a prática da boa e correta essência da política está sempre presente. Ao se transmitir esses valores serão agregadas novas ideias e lideranças, para a efetiva renovação da política. Isto porque política é tudo. Nada acontece sem ela. Sem esquecer que uma boa política sempre influirá, na vida do cidadão, de forma positiva, pois resulta da vontade consciente de um povo, cuja finalidade deve ser o bem estar social.
Acreditamos que este é o caminho para a verdadeira mudança política, que a sociedade brasileira merece.

COMISSÃO
BPW Curitiba, ACP - Associação Comercial do Paraná, Fecomércio – Paraná e OAB – Seccional Paraná 

Fonte: Marialda Pereira
Jornalista
Foto: Kristyan Romankiu

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