sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Médicos dão dicas para "não sair da linha" nas festas de fim de ano

Dr. João Luiz Carneiro, clínico médico do Hospital VITA 
A endocrinologista do VITA Curitiba, Daniele Zaninelli


Consumo de alimentos calóricos e bebidas nesta época pode resultar em problemas


Uma das grandes preocupações de fim de ano está relacionada ao aumento do consumo de calorias. Com os encontros, confraternizações e ceias de Natal e Ano-Novo, não é difícil sair da dieta e exagerar.

Em meio a tantas comemorações, é importante pensar no quanto é ingerido de calorias e gasto de energia. "Em geral, não são os grandes excessos que sabotam nossas tentativas de perder peso, e sim as coisas que não damos muita importância, como aquele aperitivo que vamos comer ‘só hoje’ ou a sobremesa que comemos ‘só no final de semana’, ou ‘de vez em quando’", alerta a endocrinologista do Hospital VITA Curitiba, Daniele Zaninelli.

Para evitar o ganho de peso nessa época - e em outras -, não existe segredo: fuja do consumo de alimentos ricos em calorias. "Em geral, é a gordura que deixa um prato mais saboroso e cada grama contém 9 Kcal. No caso do carboidrato, cada grama contém 4 Kcal, mas, apesar de menos calóricos, esse tipo de alimento é pouco eficaz no mecanismo da saciedade", lembra.

O ideal é apostar em alimentos ricos em fibras e proteínas, como vegetais e carnes magras. "Nessa época, o ideal é fazer um lanche leve (uma fruta, barra de cereais ou um iogurte, por exemplo) antes de ir a um evento. Pular as entradinhas e minimizar o consumo de bebidas alcoólicas também ajuda a diminuir o estrago causado pelo excesso de festas da época", recomenda Daniele. Deixar os carboidratos para o final da refeição e optar por apenas uma pequena porção de sobremesa também ajuda, de acordo com a médica.

Ressaca - Além da alimentação, o consumo exagerado de bebida alcoólica também pode trazer más lembranças no dia seguinte. O clínico médico do Hospital VITA João Luiz Carneiro explica que o excesso de álcool pode envolver e prejudicar diversos órgãos. "Para absorver e metabolizar uma quantidade grande de álcool, o organismo tem que se desdobrar e acaba sobrecarregando outros órgãos envolvidos no processo", explica.

Para os que abusam, a melhor solução é ingerir muito líquido, como água, sucos, água de coco ou isotônico. "Os líquidos facilitam o trabalho do fígado e dos rins, que eliminam mais rapidamente os resíduos tóxicos do organismo. Além disso, repõem a água, os sais minerais e as vitaminas perdidas", lembra Carneiro. Refrigerante ou alguns doces também podem ajudar, pois auxiliam na recuperação do açúcar eliminado pelo álcool. "Como a bebida diminui muito a glicose e, consequentemente, a energia do corpo, repor o açúcar é uma ótima opção", diz.

Mitos - João Luiz Carneiro alerta para alguns mitos em relação à ressaca:
Continuar bebendo: tomar mais bebida alcoólica quando se está de ressaca só atrasa a desintoxicação do corpo;
Tomar café: a cafeína pode aliviar temporariamente os sintomas da ressaca, mas, ao passar o seu efeito, os sintomas voltam novamente com o agravante que a cafeína é diurética e pode piorar a desidratação;
Tomar uma colher de azeite: além de não melhorar, pode piorar sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia;
Comprimidos: não existe remédio que impeça a intoxicação causada pela ingestão de álcool. Os analgésicos e antiácidos ajudam a diminuir o mal-estar.

Pós-festa - Muita gente exagera nas festas pensando em compensar no ano seguinte, mas, para isso, as restrições são necessárias. "Vale iniciar o ano com uma alimentação equilibrada e hipocalórica, associada à prática de exercícios físicos, pelo menos 30 minutos ao dia", diz Daniele. Essa fórmula certamente irá melhorar a disposição e criar um hábito mais saudável para ser levado ao longo do ano. Para aumentar o metabolismo, a médica é categórica: "A única forma de aumentar o metabolismo é por meio da prática regular de exercícios físicos. Para quem ainda não começou esta é uma boa meta para o próximo ano", sugere a médica, que complementa: "Não é só entre o Natal e o Ano-Novo que devemos nos preocupar, mas principalmente entre o Ano-Novo e o Natal". 

Fonte: Central Press

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