segunda-feira, 29 de julho de 2013

Coluna Karina Reis - Conviver é viver com...

Anualmente gosto de fazer mais de uma formação, curso, encontro ou o que for para atualizar, adquirir e aprofundar conhecimento. E é muito comum, que para isso, seja necessário sair de casa, ir para outra cidade e passar mais de 2, 3 dias com outras pessoas, outros hábitos e outras formas de viver.
Pois bem, na última vez em que estive em curso, precisei ficar uma semana fora de casa, e para isso, precisei organizar minha agenda, minhas finanças, e toda a dinâmica para poder ficar um período médio longe e desligada da minha rotina pessoal e profissional.
Natural, diante de tantas outras experiências parecidas, sair de casa, com certa expectativa gerada em torno do que virá de conhecimento, de aprendizados, de desafios e, por que não da convivência com outras pessoas.
Mas e quando chega ao local e precisa passar por cima de tudo aquilo do que está acostumado, e principalmente, de tudo aquilo que espera ter como base de conforto e privacidade mínimos para aquele período? Para mim que já vivi uma experiência assim, torna-se necessária uma segunda e inesperada decisão: conviver e aprender uma nova experiência ou ceder ao que se quer sem se abrir para novos desafios internos pessoais?
Nunca fui de desistir com facilidades das coisas, mas sempre fui o tipo de pessoa que procura chegar ao meio termo em que se possa ser bom para ambas as partes.
Numa lembrança a (1)Maslov que defendeu que todos nós precisamos de pessoas para podermos conquistar o que queremos na vida, indiferentemente do que seja e do tamanho da complexidade de nossos objetivos, não conseguiríamos ir além sem o apoio do outro. Faço então aqui, uma mescla dessa tese com a de (2) Arquimedes, que defende a mudança de eixo para se obter novos pontos de vista e com isso novos resultados.
Quando precisei tomar a decisão da convivência, foi exatamente o que ponderei. Meu maior canal de percepção para isso era: o que estaria de aprendizado guardado ali, naquela situação em que me senti extremamente invadida, uma vez que em minha chegada minha colega de quarto, estava completamente a vontade e tudo o que me restava era uma cama, no cantinho, de solteiro.
Bem verdade, que diante do primeiro desconforto, decidi ficar e aprender com o que veria. Mas após a primeira noite, em que precisei dormir, com luz acesa, televisão ligada, ar condicionado – congelante – ligado a noite toda e muito frio já que o que tinha de coberta estava com ela, eu estava muitíssimo inclinada a voltar para o conforto de meus hábitos – que são opostos ao dela – e sair daquele lugar como num piscar de olhos.
Entregue a toda a técnica que fui aprender, e voltada mais uma vez ao aprendizado que vinha de tudo isso, optei por permanecer.
Não foi fácil, mas após 7 dias e 8 noites, percebi que quando tive de deixar o eixo de vivência ao que estou acostumada – parafuso dos hábitos – e me tornar flexível como a água, e assim ir me adaptando e me interiorizando aos meus desejos mais profundos como ter uma boa noite de sono, e me abraçar ao desafio de externar meus desejos básicos de necessidades diárias a uma ser humano tão diferente a mim, venci. Não, não, não houve mudanças extremas, apenas ocorreram adaptações extremas da minha parte em prol de conviver – viver com – tudo tão diferente ao que vivo diariamente.

Essa semana de aprendizado me lembrou um trecho do filme (3) Comer, Rezar e Amar, quando a (personagem tema) cita sua crença na “Lei Fisica da Procura” , que diz o seguinte: Acho que estou conseguindo acreditar em uma coisa que eu chamo de física da procura: a força in natura governada por leis tão verdadeiras com a lei da gravidade. A regra da física da procura é mais ou menos assim: se você for corajoso o bastante pra deixar tudo pra trás que é familiar e cômodo, que pode ser qualquer coisa desde a sua casa até a amargura de antigos ressentimentos, e planejar uma viajem de busca verdadeira, tanto externa quanto interna. E se estiver realmente disposto a considerar tudo o que acontecer com você nessa viajem uma pista, e se você aceitar todos que encontrar ao longo desse caminho como professores e se estiver preparada acima de tudo pra entender e perdoar algumas verdades bem difíceis sobre si mesma, então a verdade não lhe será negada.
E isso acontece todos os dias de nossas vidas, mas pela correria ou pelo excesso do agradar ao outro, acaba-se por “engolir” e apenas olhar para o quanto isso incomoda, muitas vezes, vai se criando atrás de si, uma série de aprendizados não aproveitados, que vieram travestidos de incômodos maus modos alheios.
Convido você, nessa nova semana que se inicia a perceber o que há em sua volta, e o que vem de aprendizado com isso, e o quanto você se torna diferente, por passar a ter mais opções de funcionamento e aonde isso pode te levar como ser, Acredite, você pode mais, basta que : SE PERMITA!
1.     Abraham Maslow foi um psicólogo americano, conhecido pela proposta hierarquia de necessidades de Maslow.Nascimento: 1 de abril de 1908, Brooklyn, Nova Iorque, Estados UnidosWikipédia

2.     Arquimedes de Siracusa foi um matemático, físico, engenheiro, inventor, e astrônomo grego. Embora poucos detalhes de sua vida sejam conhecidos, são suficientes para que seja considerado um dos principais cientistas da Antiguidade Clássica. Wikipédia
3.     Filme : Comer, Rezar e Amar - http://coisasqsei.wordpress.com/2011/02/24/fisica-da-procura/

Grande abraço e excelente semana .

Karina Reis

      Karina Reis é Trainer Comportamental pelo IFT .Reprogramação Mental pelo Instituto Rogério Castilho. Especialista em Desenvolvimento Humano ( Coaching, Mentoring, Couseling), Administração pela UTP, especialista em Gestão de Negócios.Aromaterapeuta/ Ibra.Certified Personal & Professional e Executive Coaching Coachingpelo Behavioral Coaching Institute /USA.Terapeuta Rebirthing pelo Ibrare.Consultora Comportamento – Etiqueta Pessoal e Profissional – SENAC.Atua há 17 anos no mercado de trabalho, com vasta experiência nas áreas comercial, financeira e bancária. (Editel, Polipetro, GSNBRASIL/PARADOXX, Santander,Funbep).Diretora Fundadora e Executiva da Cannoh Desenvolvimento Humano. É Membro da Sociedade Brasileira de Coaching.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada,por nos deixar sua opinião.