Ao iniciar mais um ano em nossa coluna, não poderíamos explorar outra temática senão as expectativas para o mercado imobiliário em 2024, uma vez que as diversas mudanças na legislação e a queda da taxa Selic prometem revolucionar o segmento no Brasil.
Drª Debora de Castro da Rocha |
Vamos analisar as implicações dessas mudanças para os consumidores e para o mercado imobiliário, bem como entender como elas poderão contribuir para a democratização do acesso ao crédito no país.
Além disso,
vamos discutir como essas alterações legislativas e as expectativas para o
mercado imobiliário em 2024 podem impactar a sua vida financeira. Acompanhe
conosco essa análise e descubra o que esperar neste ano, até mesmo para que
possa se programar para a realização de negócios que contemplam desde a compra e
venda, até a adoção de medidas jurídicas relacionadas aos inúmeros aspectos que
envolvem os imóveis.
O mercado imobiliário brasileiro está se preparando para um
2024 promissor, a despeito das alterações legislativas ocorridas em 2023, que
incluem, entre outros, aspectos oriundos do marco legal das garantias, uma vez
que o setor se encontra bastante otimista com as perspectivas de investimentos
em imóveis.
A queda da taxa Selic, que passa por uma expectativa de
encerramento em 2024 no patamar de 9,0%, implicaria em uma queda de 2,75 pontos
percentuais dos atuais 11,75% ao ano, o que consiste em um dos principais
fatores que impulsionam esse otimismo, uma vez que a redução dos juros facilita
o financiamento imobiliário, tornando a compra de imóveis mais acessível para
os brasileiros.
Além disso, muito embora seja inequívoco que o Brasil é uma
potência agrícola, energética e ambiental, sem contar o grande volume de
reservas internacionais, não se pode desprezar o fato de que o país ainda
carece de produtividade, educação, infraestrutura e eficiência tributária, o
que traz desafios que representam oportunidades para o mercado imobiliário, à
medida em que o país busca superá-los.
Esses desafios representam tanto obstáculos quanto
oportunidades para o mercado imobiliário, uma vez que, por um lado, eles podem
dificultar o desenvolvimento de projetos imobiliários devido a custos mais
altos e incertezas regulatórias, por outro lado, também podem criar
oportunidades para empreendedores que optarem por investir em melhorias de
infraestrutura, desenvolver projetos inovadores e navegar pelo complexo sistema
tributário do Brasil.
À medida em que o Brasil busca superar esses desafios, o
mercado imobiliário provavelmente desempenhará um papel importante, pois
investimentos em infraestrutura podem levar a um aumento na demanda por
imóveis, enquanto melhorias na educação e na produtividade podem aumentar o
poder aquisitivo dos brasileiros, tornando a propriedade imobiliária mais
acessível.
Mesmo diante de tantos desafios, a perspectiva para o
mercado imobiliário em 2024 é mais positiva do que o cenário que se desenhava
em 2023, tendo em vista que no início do ano passado, o país convivia com a
pressão da inflação e dos juros altos, os quais impactaram diretamente no poder
de compra da população e no preço dos financiamentos.
As recentes estimativas para o PIB, em 2024, indicam
crescimento entre 1,5% a 1,8%, sem contar que fechamos 2023 com o crescimento
em algo próximo a 3%, bem acima das projeções iniciais na ordem de 0,8%, devendo
tal crescimento econômico impulsionar ainda mais o mercado imobiliário.
Em suma, as expectativas para o mercado imobiliário em 2024
são otimistas, uma vez que a esperada queda dos juros, a projeção de
crescimento econômico e as oportunidades geradas pelos desafios do país são
fatores que devem impulsionar o setor, relembrando, no entanto, que o mercado
imobiliário pode ser afetado por uma variedade de fatores, incluindo mudanças
na economia global e local, taxas de juros e políticas governamentais.
Serviço:
E-mail: debora@dcradvocacia.com.br
Foto: Cla Ribeiro.
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